terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A auto-realização do Ser (poema 42)


"Do Tao veio o Um.
Do Um veio o Dois.
Do Dois veio o Três.
E o Três gerou os Muitos.
Toda a vida surgiu da Treva
E demanda a Luz.
A essência da vida engendra
A harmonia das duas forças.
Nenhum homem quer ser solitário,
Abandonado e insignificante.
Reis e príncipes se dizem ser assim
Porque sabem do mistério:
Que o inconspícuo será exaltado
E o importante decairá.
Por isso ensino também eu
O que outros ensinavam:
Quem age egoicamente
Está morto
Antes de morrer.
É esse o ponto de partida da minha filosofia."
Lao-Tsé

domingo, 2 de dezembro de 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Demais e mais


Ando suspirando,
dizem que quem suspira
é porque não tem o que quer...
E quando se quer
demais
e mais
o que se tem?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Total


Oscilo de humanidade intensa,
enquanto há tanto
o que intuo leva-me
diretamente ao ponto.
Mutante ponto
que se transcende...
E a cada vez
que toco com o dedo indicador
a verdade
sei menos "o mais"...
Percebo o abismo, sim
Mas, ser capaz...
Vacilo?
Há de tudo...
Meu hesitar
contém o que não sei contar
contém o que não sei rezar
contém o que não sei chamar
Um olhar que não desvio
Um irrequieto silêncio
Humano.
Holográfico.
Total.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Diwali "A Festa das Luzes"


Que possamos ter um ano auspicioso
Que MahaLakshimi esteja conosco
Que nossos mais profundos anseios se realizem!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

domingo, 21 de outubro de 2007

(mas só para mim)


Nomeio o que não entendo
Rotulo superfícies
Aparto o que de fato toca
E vejo...
Face sem face
do que fujo,
escondo tudo!
Finjo quando muito
e logo volto atrás...
(mas só para mim)
Labirinto d'alma.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Sakura


Silêncio.
São os dias de Sakura no coração.
Como as flores das cerejeiras
cada parte encontra o centro e abrindo-se celebra.

domingo, 9 de setembro de 2007

Atrasos


Aos trancos.
Pés bambos.
Silêncio franco
de mãos vazias,
cheias de alusão
ao que gostaria.
Coisas férteis e fúteis,
sinais, palavras,
linhas...
Em mim,
a rima do dia:
Ser sim, nem menos nem mais, apenas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007


"Estou na categoria de sofrer do moral, porque só faço coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore."
Manoel de Barros
PS:Quem sabe um dia viremos cadeiras, meu querido Manoel

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Contemplando


Onde quer que se esteja
trata-se de compreender
a grande oportunidade do agora.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

De Passagem

Vídeo Poesia

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O fruto da ação interna


No asana os desejos morrem de fome.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Breu


Simplesmente maravilhoso!
O espetáculo do Grupo Corpo é impecável. A peça musical composta por Lenine é bela, original e bastante moderna. Com uma gama de sonoridades e timbres muito marcantes.
Que impressionante esse trabalho...Mostrar a arte brasileira com uma roupagem longe de estereotipos e com muita identidade de movimentos físicos e sonoros.
E por falar em roupagem o figurino em preto e branco contribuiu para que essa montagem fosse realmente uma obra-prima.

domingo, 29 de julho de 2007

Gurupurnima


Na Lua cheia "mais cheia" do ano
a Lua de julho,
se esconde o profundo mistério do Guru.
A imensa Lua do Gurupurmina,
transbordante de Sol,
nos revela
naturalmente o caminho...
Benção e gratidão,
Gratidão e compaixão,
Compaixão e benção.
Jaya Sadguru!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Heráclito


Para onde vai o amor que se amou?
Transmuta?
Transcende?
Decanta
e depois...
Evapora feito água, permanecendo no éter?
Cada suspiro contem um segundo de pausa
entre
o cheio e o vazio.
Percorro o que me toca
caminhando como num rio:
"Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio."

sábado, 21 de julho de 2007


...E como diria meu querido Manoel de Barros:
"Minha liberdade tem algemas"

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Está dito!


Palavras, palavras, palavras...O dicionário está cheio delas...

domingo, 15 de julho de 2007

Pequenas conversas de um cotidiano congruente


Te conto um conto
não te sou,
penetro no horizonte do que vês.
Quem vive no outro?
Te conto um conto
não me vives
não te vivo
e o conto nos leva
ao mesmo ponto.
A vida é o conto?

terça-feira, 10 de julho de 2007

Em plano sagital


Tocou-me
no que havia de mais fundo:
dois dedos cravados
no meio do peito.
Talvez fosse o fazer,
com efeito; efetivamente.
Talvez o ato de negar,
realmente; dissimular.
Mas a verdade é minha amante,
aparece quando não espero
cega-me no fel dos fatos,
fecunda meus olhos
e então vai
leva tudo consigo,
das promessas
às incertezas,
sem fiança.
Simplesmente
calo
de vazios.

domingo, 8 de julho de 2007

Káiros (ou a capacidade de escolher o momento certo)




Fecho a porta
e a porta
é a volta
no fundo do fim
o começo.
Abro a porta
e a porta
é a ponte...
O que é fim?
Senão horizonte.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pensamentos soltos para Malthus


As vezes sinto que escrever...Escrever é...Talvez incompleto...
E entre o que escrevo e o que sinto
existe um abismo
porque o que trago no peito
faz parte da alma
e a palavra é o conceito
do que em mim é estreito,
pois só é
o que se faz sendo
e a palavra testemunha
apenas vendo...

domingo, 24 de junho de 2007

Aniversário de Gurumayi


Celebração do Aniversário de Gurumayi Chidvilasananda.
Centro de Meditação Siddha Yoga de São Paulo.
24 de junho de 2007
18:00 hrs
Rua: Melo Palheta, 168
Barra Funda (ao lado do parque da Água Branca).

sexta-feira, 15 de junho de 2007


A fome
que alimenta a alma
de busca,
salva

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Escuridão exterior


O vazio contém todas as coisas
nenhuma delas pode estar isolada
embora todas se manifestem separadamente.
O ser é todas as coisas da parte
e manifesta a realidade
que só pode ser penetrada pela coragem de quem se perde.
Merece quem aceita
o que de fora lhe contempla.
Merece quem aceita
o que de dentro lhe replica.
Merece quem aceita
que a vida está acima de todas as dualidades.
Merece quem aceita
a prática da vida.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Quando a borboleta humana descobre que não há escolha


Alguma coisa nesse peito chora,
chora por ser transformação a toda hora
sentindo a vida que permeia e expande.
Alguma coisa morre,
morre de morte morrida
já que por si só é vida.
Orbitando no espaço vazio, todas as possibilidades.
Eu sendo
dentro e fora
atrás, na frente
embaixo o chão do qual não passo,
acima a sina.
Parada, respiração transitória.
Presente de corpo, alma e mente.
Universo paralelo da intimidade existente.
Alguma coisa nesse peito morre,
sentindo a vida que permeia e expande...

segunda-feira, 4 de junho de 2007






Entre o fim do caminho
e o caminho para lá,
eu me levanto para começar a andar.
Me ajoelho
diante da beleza,
adiante o horizonte
e depois,
sei lá...
Eu aconteço no instante em que percebo
meu olhar.

sábado, 2 de junho de 2007

Da janela



Eu olho longe
da janela atravesso o horizonte.
Não atrevo
no momento
eu procuro o movimento
ignoro o pensamento
ou tento.

quinta-feira, 31 de maio de 2007


Qui 31/05 Lua Cheia
Saka Dawa - Celebração do nascimento, iluminação e paranirvana de Buddha Shakyamuni – neste dia o resultado da ações é multiplicado por 10 milhões de vezes.
20h00 - Guru Puja.
Rua Apinagés, 1718

domingo, 27 de maio de 2007

Minha querida professora (e amiga) de filosofia disse:

Sobre o texto "prática". Tentei adicionar esse comentário, mas não consegui.
Prática e desapego:

Na sadhana, acreditamos em algumas virtudes. Elas passam a ser como a espinha dorsal de todas as nossas ações. Tudo o que fazemos se organiza em função desse eixo. Então, surpreendentemente, entra em ação o Guru para promover um desapego ainda mais franco e íntimo. Somos intimamente convocados e empurrados a ultrapassar os rótulos que impingimos a nós mesmos, o que inclui virtudes e vícios.

Revela o Guru que o mundo não é controlável por nós: a liberdade é também destruidora, feia, luminosa e negra.

Nada escapa à suprema liberdade e participamos totalmente dela, "mais, sempre mais".

Chê

sábado, 26 de maio de 2007

Proveta, nosso mestre!

No palco almas que se comunicam através do som.
Olhares de profunda cumplicidade, coisa de que ama de forma impar a mesma amada, a amada de muitas vidas, a música.
Não tem busca de novas sonoridades. Não tem nem menos nem mais. Tem o perfeito. O perfeito agora abrindo a eternidade.
Um som sem memória, embora tenha passado. Cheio da coragem de ser autenticamente brasileiro, de coreto e cunho íntimo. Refinado pela sutileza da intensidade certa todo tempo.
Maduro, é claro. Como uma fruta, o Néctar dos Deuses quando comido plenamente amadurecido.
Ah, Proveta, seu arranjo para Pixinguinha me fez chorar!Não é atoa o nome da música "Segura ele" ...

Proveta no teatro Fecap- SP

quinta-feira, 24 de maio de 2007

terça-feira, 22 de maio de 2007

De Passagem

De passagem

I
Penso e repenso sobre viver
mas para que pensar a vida
se ela está para se ser?
Quantas coisas eu faria,
quantas voltas pouparia,
se de pensar a vida
já houvesse despertar.
Há de viver por inteiro
para então não se negar
a beleza do caminho
sem pensar onde vai dar.
Tem que amar a si primeiro
para poder se entregar
a beleza do caminho
sem saber onde vai dar.
II
“Há de haver mais compaixão”,
para que haja também mais vida.
Já que somos o que criamos
nos compadeçamos da própria ira.
Aquele que nos limita
é parte de nós também
não como ser, por fora,
mas no defeito que ele tem.
Somos um no outro sempre
como uma grande escola
e plantamos a semente
da virtude no agora.
Aprofundemos a mente
antes de tudo no ser
a qualidade de vida
é o que leva a viver.
III
Habita em mim tua alma,
cálida fala constante
como um eco, no instante
da descida ao si mesmo.
Longe de qualquer desejo
alheio a própria vontade
o mistério da liberdade
é o êxtase supremo.
Sem limite, ação ou tempo
funde o Todo ao pensamento
e na bem-aventurança do momento
se vislumbra o firmamento.

Karina

sexta-feira, 18 de maio de 2007

A prática



Espelho no fundo dos olhos o que predomina
trazendo a alma para fora,
olhos de ponte
como uma sina.
Entrego no pulso do corpo
o enlevo que sorvo
por resignar.
E nutro por tudo de novo
a graça que sinto na fé de aceitar.
Espero, sem desejo
aspiro caminhar.
Encontro no que vejo o ensejo de escutar.
Penetro onde posso
percebo o que se faz
na prática da meta
o Inteiro me diz: -Mais.
E amo sempre mais.