segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


A casa vazia já não tinha nada de antes
tudo era distância
lembrança do que ali havia sido.
Não reconheci entre os pratos
fatos caros
como juntos "por a mesa".
Apagaram nossos rastros.
Camas separadas no quarto.
A sala: sem janela.
Da porta da varanda
senti-me
pequena dentro dela.
Mesmo agora,
enquanto desfolho as pétalas das rosas que murcharam
porque fui,
sinto-me pequena
não sei se dentro da sala
não sei se dentro de mim...
Sei sim,
que tudo tem começo
meio
e fim
Sei que a porta dos fundos estava aberta
e que tive vontade de ir.
Não se vive duas vezes
nada igual.
Nem as pedras do caminho eram as mesmas
a chuva afastara-as.
E eu juntava
cada pedaço do que era,
do que estava
E de nós...

4 comentários:

Anônimo disse...

eu te amo

depassagem disse...

''nao se pisa duas vezes no mesmo curso do rio...''
de estorias se fazem memorias, de memorias se fazem historias, de historias se fazem vidas.
acrescentar destas estorias...é o mote.

depassagem disse...

algum Justino o disse, nao serei original, mas verdadeiro...Amo-Te!

depassagem disse...

Como a beleza interna esta tao na pele..."entre o que sentes e o que escreves..."